domingo, 8 de agosto de 2010

Classificação dos Antioxidantes

Para podermos detalhar as enzimas e compostos não enzimáticos diretamente ligados com o sistema antioxidante é importante que tenhamos uma base mais sólida a respeito dos tipos de antioxidantes presentes. Para isso, iremos hoje discutir um pouco mais sobre os anioxidantes.
O mecanismo de defesa antioxidante é responsável pela manutenção da vida, uma vez que devido ao tanto de radicais livres produzidos pelo organismo humano, a vida seria incompatível. Os antioxidantes são espécies responsáveis pela defesa do corpo contra espécies reativas de oxigênio e outros radicais livres. Dessa forma, o mecanismo de ação dos antioxidantes se dá de diversas formas e para caracterizá-las devemos levar em conta a divisão didática que pode ser feita no sistema de defesa antioxidante. Ele pode ser divido em:
Defesa antioxidante primária (enzimática e não enzimática), as quais vão envolver reações diretas com as espécies reativas de oxigênio.
Defesa antioxidante auxiliar ( a qual dá suporte à defesa primária).
Proteínas/ Enzimas que complexam metais; e compostos de baixo peso molecular que previnem ou minimizam a participação de cobre e ferro (e outros metais pesados) na formação de radicais livres.
Sistema enzimático de reparo aos danos causados por espécies reativas de oxigênio, por exemplo, em biomoléculas.
É válido notar que vários metais e outros elementos ametais podem também ser tidos como antioxidantes, uma vez que fazem parte, como cofatores, de diversas proteínas e enzimas que participam ativamente do mecanismo de defesa antioxidante.Na primeira subdivisão, podemos tratar de antioxidantes primários não enzimáticos e enzimáticos. No primeiro caso, se trata de uma substancia capaz de seqüestrar os radicais livres ( sendo, no inglês, denominados “scavengers”- seqüestradores) e, dessa forma, impede que os radicais livres reajam com biomoléculas do organismo. A capacidade de seqüestrar espécies radicalares está diretamente ligada ao potencial de oxidação do composto, ou seja, seu potencial redutor, através da doação de um hidrogênio ou um elétron para o radical. Esse mecanismo de competição que os antioxidantes não enzimáticos primários promovem com as moléculas do organismo faz que eles se transformem em moléculas radicalares de menor reatividade, sendo, então, menos danosas depois de reagirem com as espécies reativas de oxigênio. A origem de antioxidantes dessa natureza pode ser da dieta, como é o caso da vitamina E, vitamina C, carotenóides e polifenóis (diversas classes);





(Exemplos de polifenois, carotenóides, vitamina e e vitamina c)

Ou do próprio corpo, sendo, neste caso, encontrados naturalmente no próprio organismo, como é o caso do GSH, ácido úrico, melanina, melatonina e coenzima Q.

No segundo caso, de antioxidantes enzimáticos primários, pode-se incluir enzimas como a catalase, superóxido dismutase (SOD), Glutationa-S-transferase e Glutationa peroxidase selênio-dependente.

O sistema antioxidante auxiliar atua principalmente reciclando os substratos usados pelo sistema de defesa primário. Como exemplo de antioxidantes auxiliares tem-se a Glutationa Redutase (GR), o ascorbato e as enzimas que o recicla, dentre outros.
Proteínas/ Enzimas que complexam metais têm como exemplo a ferritina, a transferrina, metalotioneina e ceruloplasmina.

Já no caso do reparo de danos causados em biomoléculas, tem-se como exemplo endonucleases não específicas, que removem trechos de DNA, os quais contém uma base oxidada e DNA glicosilases, que removem uma base específica.

Nas próximas postagens, iremos detalhar um pouco mais alguns compostos citados acima.

Bibliografia:

Oxigen in Biology and Biochemestry: Role of free Radicals- Marcelo Hermes Lima, Capítulo 12 de Functional Metabolism, Regulation and adaptation. Edited by Kenneth B. Storey

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