terça-feira, 10 de agosto de 2010

Introdução a estresse oxidativo e mais detalhes sobre oxigênio singleto

Introdução a estresse oxidativo
O oxigênio puro é uma substância bastante tóxica ao organismo, ele mata ratos em 4 a 7 dias de inspiração, 6h respirando um ar de oxigênio puro pode causar dores nos pulmões, na garganta e tosse enquanto 24 horas causa danos nos alvéolos.

É interessante mencionar que os efeitos tóxicos do oxigênio em organismos anaeróbicos são em parte distintos dos observados em organismos aeróbicos, enquanto em organismos anaeróbicos seu efeito tóxico se da pela inibição de enzimas, oxidação de radicais glicis (intermediários catalíticos) e pela oxidação do sítio ativo da nitrogenase (uma importante enzima no processo de fixação do nitrogênio), em organismos aeróbicos a sua toxidade se deve principalmente à compostos derivados dele que peroxidam lipídios, carbonilam proteínas e causam danos no DNA, esses efeitos são resultados do estresse oxidativo.

Uma definição bastante útil de estresse oxidativo é: desequilíbrio entre níveis de agentes pro-oxidantes e agentes antioxidantes no qual o primeiro se sobressai causando danos potenciais.

Oxigênio singleto
A sua formação in vivo pode ser produtos de reações de fotosensitização: algumas moléculas quando iluminadas entram em um estado ativado e podem transferir essa energia extra ao O2, uma molécula altamente reativa. Indivíduos com porfiria possuem uma alteração que leva a uma produção defeituosa de grupos heme, o que leva a uma acumulação de porfirinas, moléculas que quando ilumidadas em meio aquoso levam a produção de radicais hidroxilas, superóxidos e oxigênio singleto. Essa doença leva a formação de inchaço e bolhas. Uma evidência da atuação do oxigênio singleto nessa doença é que a aplicação oral de B carotenos(substância que absorve a energia do oxigênio singleto) acarreta uma diminuição de sintomas.
Há também outras formas de produção do oxigênio singleto como a decomposição de peroxinitrato em pH neutro, estudos mostram também que hidroperóxidos timinas (presentes no dna) podem reagir com íons metálicos ou HOCl formando oxigênio singleto, sendo portanto uma potencial fonte de oxigênio singleto no DNA.
Bibliografia: Free radicals in biochemistry and medicine, functional metabolism: regulation and adaptation, http://pubs.rsc.org/en/Content/ArticleLanding/2009/DT/b905560f, Thymine hydroperoxide as a potential source of singlet molecular oxygen in DNA

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