O ferro consiste em um íon de grande relevância para o funcionamento adequado de diversos processos celulares, como é constatado a partir de sua participação na cadeia transportadora de elétrons, no transporte de oxigênio, e na síntese de DNA. Contudo, deve-se evitar altas concentrações desse íon em nosso corpo, já que por meio da reação de Fentom (explicada em postagens anteriores) o Ferro pode promover a geração de radicais livres e consequentemente permitir, por exemplo, a ocorrência da oxidação de lipídeos formadores da membrana plasmática de células.
O ferro obtido a partir da alimentação e destinado ao armazenamento é complexado primeiramente à ferroportina em um segundo momento à transferrina plasmática (sendo estas duas proteínas responsáveis pelo transporte desse íon no sangue) e então liberado para a ferritina intracelular (responsável por armazenar esse íon), cuja síntese está relacionada à concentração celular desse íon. Altos níveis intracelulares de ferro atuam aumentando a expressão gênica da ferritina, enquanto que baixos níveis de ferro diminuem esse processo. Tal mecanismo de inibição da produção de ferritina por meio do ferro acontece devido a regulação no RNAm que codifica a mesma.
Dois elementos são importantes para esse processo: IRE (elementos de resposta ao ferro) e IRP (proteínas reguladoras de ferro).
IRE são estruturas localizadas nas extremidades
Além disto, esta situação metabólica promove a ligação do IRP-IRE na região
A transferrina e a ferritina por serem responsáveis por seqüestrar o ferro da circulação sanguínea, representam importantes mecanismos de defesa antioxidante, visto que, ao se ligar ao ferro e armazena-lo, respectivamente, estão também diminuindo a formação de espécies radicalares por esse íon.
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