Danos a proteínas geralmente não pode ser reparados, na maioria das vezes proteínas danificadas são destruídas através de diversas enzimas. Em membranas proteínas podem ser oxidadas principalmente através de radicais peroxis ou oxigênio singleto, no citoplasma danos a proteínas mediados por radicais livres podem ocorrrer de diversas outras maneiras como a oxidação por meio de aldeídos, radicais livres ou derivados de óxido nítrico entre outros.
O superóxido é um dos principais responsáveis por danos a proteínas mediados por radicais livres, ele reduz Fe3+ de protéinas fazendo que elas percam a sua função. O radical hidroxil é outro grande mediador de oxidação de proteínas, as oxidações geradas pelo radical hidroxil geralmente são mediadas por pequenas quantidades de metais de transição da proteínas, o que leva a um padrão específico de oxidação em uma dada proteína.
Alguns resíduos contendo enxofre possuem uma especial função nas células, eles são fáceis de se oxidar, ao serem oxidados porém, certas enzimas catalizam a sua redução, assim, acredita-se que eles tenham importantes funções no controle do estresse oxidativo nas células.
Os principais produtos da oxidação de proteínas são aldeídos, que geralmente perdem a sua função, assim sua quantidade na célula pode ajudar a identificar alguma disfunção mediada por radicais livres.
Danos a DNA
Danos ao DNA mediados por EROS são causados por diversas EROS, entre elas destacam-se o radical hidroxil, o peroxinitrito e aldeídos. Danos causados por radiação UV é mediado pela homólise da água formando radicais hidroxis que resultam na formação de diversos produtos. EROS podem causar diversas alterações na estrutura do DNA que em sua maioria das vezes são corrigidos por enzimas reparadoras, porém há chance de essa reparação não ocorrer.
Câncer e envelhecimento
Enquanto a relação entre câncer e estresse oxidativo atualmente é bem fundamentada, há controvérsias sobre a relação entre envelhecimento e radicais livres. A super produção de EROS em uma célula leva a um acentuado dano em dnas, proteínas e lípidios. Em geral, danos ao DNA acabam levando a célula a uma perda de controle do ciclo celular formando células cancerígenas.
A relação de estresse oxidativo com envelhecimento nescessita de mais estudo, ela baseia-se no dano acumulativo a proteínas ,DNA e lipídios. Apesar de ser comprovado que a incidência de danos a DNA, proteínas e lipídios mediados por EROS aumenta com a idade, é difícil comprovar se esses danos são uma consequência ou uma causa do envelhecimento ou uma parte de ambos.
Referências: functional metabolism: regulation and adaptation, Free radicals and antioxidant in normal physiological functions and human diseases IJBC 2006