Existem determinados compostos intracelulares que são capazes de dissipar o estresse oxidativo ocasionado pelos radicais livres via sistemas enzimáticos ou não-enzimáticos: esses compostos são chamados de antioxidantes.
O mecanismo de ação dos antioxidantes varia muito e vai desde remover oxigênio do meio, varrer espécies reativas de oxigênio, seqüestrar metais catalisadores da produção de radicais livres, até aumento da geração de antioxidantes endógenos ( e alguns antioxidantes são capazes de combinar mais de um mecanismo).
Os antioxidantes podem ser classificados, de acordo com sua estrutura, como enzimáticos e não-enzimáticos e podem ainda ser classificados, conforme ação sobre os radicais livres, em “scavenger” ou “quencher”, quando age transformando o radical livre em outro menos reativo ou quando consegue neutralizar completamente a espécie reativa, absorvendo toda a energia de excitação, respectivamente.
A ação dos antioxidantes, dos que agem diretamente na “inativação” dos radicais livres, se baseia no fato de que os mesmos não se tornam espécies reativas após a sua oxidação, uma vez que, mesmo tendo perdido elétrons, continuam sendo espécies estáveis. Assim sendo, os antioxidantes não contribuem com a reação em cadeia gerada pelos radicais livres, ao contrário de outros compostos celulares.
Uma das principais fontes de formação de radicais livres é a produção de energia dentro da célula e, por conta disso, os antioxidantes estão sempre
Desta forma, a maioria dos antioxidantes conhecidos tem uma atuação peculiar, eles oxidam no lugar do composto intracelular que iria ser oxidado, se “sacrificando” em prol da continuidade da normalidade das células, promovendo um sacrifício em prol da vida.
Em uma próxima postagem comentaremos mais detalhadamente sobre alguns antioxidantes específicos.
Referências Bibliográficas:
Lehninger, Princípios de bioquímica
Belló, Estresse oxidativo e antioxidantes
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